segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Show de solidariedade lota o TCA





O evento Emoções há 17 anos é dedicado ao Instituto de Cegos da Bahia (ICB), e neste, com mais ênfase aos 75 anos de trabalho incansável em prol dos deficientes visuais. O espetáculo realizado no Teatro Castro Alves (TCA ), às 19h, do domingo 28, iniciou com a apresentação de Leiliane Fernandes, aluna do I. C. B, 16 anos, que cantou a Ave Maria. Naquele momento todos os olhares se voltavam para ela, que cantava com leveza, firmeza e o seu brilho encantou a platéia. Ao seu redor, entoados pela canção e por sua voz, estavam as alunas do Ballet Rosana Abubakir numa coreografia que simbolizava a busca pela paz.


O TCA se contemplou com o talento e dedicação de todos os participantes, em especial, àqueles que colaboraram para a realização do evento. Era possível captar todos os olhares, todos os detalhes, rostos e sensações daqueles que se maravilhavam com toda magia. Para isto, o evento contou com a participação de cinco escolas de dança: Academia de Ballet da Bahia, Ballet Rosana Abubakir, Edace (Escola de Dança, Arte e Cultura Espanhola), Ebateca e JKL Dance, que mostraram profissionalismo e inovação.


As cinco escolas de dança contagiaram o público, com beleza e coreografia, o que fez com que a platéia aplaudisse-os de pé. Houve destaques nas coreografias: Mar, da coreógrafa Andreza Bastos (Ballet Rosana Abubakir) e Bucaneiros, de André Amorim (JKL Dance). As demais coreografias foram variadas. Desde ajudantes de Papai Noel, a Dança das Fitas, Piratas, Valsa de Gala, Tango Mio, entre outras. Todas se apresentaram com estilo próprio e potencial, o que agradou a todos neste evento de solidariedade que dura 17 anos, em prol do ICB.


Nelas foram mostradas também não só o seu contexto coreográfico, dançante e criativo, mas também cultural. Todas as Academias de Dança deram a sua contribuição como seres de luz, de paz. Foram estas as palavras abordadas na programação do evento – Emoções 2008, que se faz de exemplo fundamental para formar cidadãos de qualidade, dignidade e respeito ao próximo.



O evento foi finalizado com a apresentação do Grupo de Percussão do Instituto, que encantou o público com a música Canção da Partida, de Dorival Caymmi. E mais uma vez levantou a platéia e fez com que todos participassem daquele momento de significância e sentimento, e de reconhecimento aos realizadores e colaboradores em mais um ano de perseverança e trabalho sério. Após a platéia ter ficado de pé e cantar os parabéns ao ICB - foi à vez das escolas entrarem no ritmo dos percussionistas.



Todos os bailarinos e bailarinas das cinco academias se juntaram ao grupo do instituto e criaram uma nova coreografia, naquele instante, e de improviso. Como um ensaio para as próximas realizações.



O trabalho da Instituição


O Instituto acolhe cerca de 425 crianças e jovens carentes em Salvador, com uma grande demanda de atendimento também em todo o estado. É lá que eles fazem apoio pedagógico, praticam atividades físicas, coral, informática e ainda cursos pré profissionalizantes de: comunicação, teclado, percussão, bateria, violão e técnica vocal.O instituto acolhe, dá suporte e forma cidadãos aptos para trabalhar em diversas áreas. Um exemplo disso é o professor de informática, João Bosco Santa Rosa, 42 anos, que viaja por todo o país para ensinar e dar palestras sobre como lidar com a informática e a produção Braille Recentemente o nadador Jeferson, 18anos, foi medalhista olímpico na Para-olimpíada em Pequim, na China.


Mas, muito mais do que mostrar tão somente os vencedores, que não são só estes, é mostrar o trabalho que o instituto faz. Desde o nascimento, algumas crianças passam pelo teste do reflexo vermelho para verificar se possuem alguma deficiência.O tratamento que é dado aos assistidos pela instituição, desde o princípio até os 18 anos é todo gratuito. Tudo é realizado em função deles, para eles, em prol deles.



Estes, que somam uma pequena parte da sociedade, são excluídos pela mesma, partindo do pré-suposto e no âmbito empresarial de que as empresas os vêem como pessoas incapazes de produzir, trabalhar como outras pessoas trabalham. Há muitos trabalhos que o deficiente visual pode fazer e com muita competência, até mesmo alguns trabalhos que muitos fazem e não dão conta do serviço.



Histórico


A instituição foi fundada em 30 de abril de 1933, pelo prof. Alberto de Assis, com o propósito de acolher deficientes visuais do estado da Bahia. É uma instituição filantrópica, considerada de utilidade pública a níveis municipal, estadual e federal, sendo inscrito em vários conselhos. Naquela época o trabalho era meramente assistencial, mas, com o passar do tempo a instituição voltou seu olhar para a educação de crianças e adolescentes.

Mais recentemente passou a trabalhar com bebês que apresentam problemas de visão ao nascer - no Centro de Intervenção Precoce, que realiza um serviço transdisciplinar com vistas a preparar as famílias para conviver com um filho especial e encaminhá-lo para a rede regular de ensino, onde deverá cumprir currículo regular.



A entidade precisa de apoio para continuar este trabalho sério e idôneo em prol destas pessoas tão esquecidas pela sociedade, tão excluídas pelo preconceito, e tão rejeitadas pelo egoísmo.



Venha conhecer o trabalho do Instituto de Cegos da Bahia (ICB ).


Endereço da Instituição:

Rua São José de Baixo, nº 55 Bairro Barbalho, Salvador-Ba.


Tel: (71) 3242-1073


Ascom - Instituto de Cegos da Bahia (ICB)


Ricardo Aragão / (71) 8155 – 4574


E-mail: aragaoric@gmail.com

http://www.institutodecegos.org.br/